Enredo
→ Trabalhar e estudar não é fácil. Principalmente quando se trata do difícil trabalho dos boias-frias nas lavouras de cana. Mas é essa a realidade em que vivem, e é nela que Marta vai aprender o sentido da luta social e do amor.
Como enfrentar, porém, o autoritarismo de Pedro, seu pai, que não lhe dá o mínimo valor? E quem será o misterioso Mudinho que apareceu repentinamente entre os boias-frias, quando eles resolveram reivindicar seus direitos?
Pelo ponto de vista de uma jovem decidida,
você vai conhecer um pouco da vida dos trabalhadores sem-terra do interior
paulista. ↘
Resenha:
O nome e a capa afirma ser um livro de
lutas e tristezas e é do escritor Luiz Puntel.
A história se passa nas cidades Catanduva,
Bebedouro e Guariba no ano de 1984 e as cidades citadas são todas do interior e
com grande concentração de canavial.
O foco da história são as injustiças
trabalhistas, trabalho no canavial e o machismo. A história é da
jovem Marta, uma menina de família humilde, mas um tanto rejeitada pelo pai o
Seu Pedro, que é um homem machista e que indiretamente a culpa pela morte do
seu irmão Altair, que veio a falecer num acidente, num caminhão com
boias-frias.
Marta não quer apenas ser uma esposa e dona de
casar, pois cresceu observando o casamento de Pedro e Zefa e no quanto a figura
masculina era uma pessoa seca e brava e uma mãe totalmente submissa.
Por isso Marta não quer nada com
Paulinho, um ex- namoradinho e filho do dono da fazenda que os pais de Marta
trabalham, e também o coração dela veio a pertencer mesmo à um outro rapaz...
Marta estudava a oitava série, e foi trabalhar no
canavial, vestido de menino, usando o nome de João ou Mudinho.
Mas um dia ela foi descoberta,
por causa de ciúmes. Sua colega Ângela gostava de Agenor que estava muito
próximo de Mudinho, então a moça não
aguentou e partiram pra briga e Marta ganhou fazendo com que o seu disfarce
fosse por água a baixo.
E então Marta começou a namorar com
Agenor, e juntos começaram a lutar pelos direitos dos trabalhadores.
Fazendo assim uma greve, mobilizando
todos por uma grande causa. E depois de muita confusão e violência, até mesmo o
pai de Marta foi baleado durante a manifestação. Os trabalhadores depois
vieram a passar por essa batalha e conseguiram seus direitos como carteira
assinada, fim de semana remunerado, férias, décimo terceiro e assistência
medica.
O trabalho na fazenda de cana é um trabalho braçal e muitas vezes desumano, o boia fria trabalha sem condições e proteção alguma e ganha muito pouco.
A história é uma luta por um ideal, acho que é bem o que vivemos nos dias de hoje.
Marta está por ai lutando por seus direitos, em terras e asfaltos...
O livro é dedicado aos lutadores e vítimas de abusos do trabalho escravo nas fazendas de canas.